sexta-feira, 11 de junho de 2010

Movido à paixão

Com certeza foi a paixão que moveu mais de uma centena de anglicanos nos primeiros dias de junho, representando 9 dioceses e distrito missionário na Confelíder e reunião do Sínodo, em Embu Guaçu, SP. Viagem cansativa, trânsito congestionado nas ruas de São Paulo. Mas corações alegres. Sorriso no rosto. Agradecem a Deus em orações a oportunidade de estarem todos juntos vindos dos mais longínquos lugares do Brasil. Um só povo, unido para partilhar experiênicas, refletir sobre o estado da Igreja, orar comunitariamente, testemunhar a caminhada ecumênica, lembrar os pioneiros que a 120 anos atrás aqui plantaram a semente do anglicanismo. Homens, mulheres e jovens estavam presente no evento nacional.Uma Igreja viva, acolhedora,servidora, missionária.

Dos EUA, especialmente de Vírginia,vieram os primeiros missionários. Lucien Lee Kinsolving, James Watson Morris, John Cabell Brown e Marie Packard, aqui chegaram lá pelos idos de 1890. Entre os primeiros sobresaia uma diaconisa, símbolo da força da mulher e seu espírito missionário. Presença firmada ao longo da história da IEAB. A presença da mulheres é notável nos sodalícios, UMEAB, Irmandade da Santa Cruz, Ordem das Filhas do Rei, Juntas Paroquiais e mais recentemente no ministério ordenado. Elas chegaram para celebrar, pregar, ensinar, dirigir grandes paróquias e catedrais, enfim fazer missão. Mulheres vivendo a Igreja com paixão.

Na Confelíder e no Sínodo as mulheres estavam presentes. Leigas e clérigas. Delegadas e voluntárias. E fizeram história. Pela primeira vez uma leiga foi eleita presidente da Câmara de Clérigos e Leigos. Mulher jovem da Diocese Anglicana de Curitiba - Selma Rosa - este o seu nome. Sentada ao lado do Primaz disse com graça e beleza feminina a que veio: acolher e servir. As mulheres também se fizeram representar entre os visitantes estrangeiros e nos organismos ecumênicos. É a Igreja que se faz e refaz, com força, dinamismo, sensibilidade, garra, coragem, esperança e paixão. A pregadora da celebração de encerramento do Sínodo também foi uma mulher e leiga: Bonnie Anderson. Presidente da Câmara dos Clérigos e Leigos da Igreja Episcopal dos Estados Unidos. Em sua mensagem na Catedral de São Paulo, destacou o papel dos leigos na comunidade de Cristo.

O jovens de igual modo deram seu recado. Levaram alegria, otimismo, compromisso com a missão. Testemunharam com ardor sua fé. Se mostraram disponíveis para servir. Se revelaram dispostos a caminhar juntos e pediram que fossem lembrados mensalmente nas orações da Igreja, oportunizando sua participação nas celebrações. É a Igreja com o pé não só no passado, mas também no presente e no futuro. Uma Igreja viva, peregrina, sonhadora.

Quando a Igreja se reúne, se encontra, é sempre uma boa experiência. Uma oportunidade de convivência e partilha. Possibilidade de sonhar junto. Um aprender e ensinar mútuos. Agora, nem tudo foi perfeito, houve alguns senões. Mas nada tão sério que pudesse tirar o brilho de uma celebração criativa, o esforço por uma boa acolhida ou o sorriso alegre de muitos rostos. Resumindo: valeu a pena.
Delegação da Diocese Anglicana de Pelotas

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